sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O LIMBUS PATRUM

A palavra latina limbus (orla, borda) era empregada na Idade Média para denotar dois lugares na orla ou na borda do inferno, a saber, o limbus patrum (dos pais) e o limbus infantum (das crianças). Aquele era o lugar onde, segundo os ensinos de Roma, as almas dos santos do Velho Testamento ficaram detidos, num estado de expectativa, até a ressurreição do Senhor dentre os mortos. Supõe-se que, após Sua morte na cruz, Cristo desceu ao lugar de habitação dos pais para livra-los do seu confinamento temporário e levá-los em triunfo para o céu. Esta é a interpretação católica romana da descida de Cristo ao hades. O hades é considerado como o lugar de habitação dos espíritos dos mortos, tendo duas divisões, uma para os justos e a outra para os ímpios. A divisão habitada pelos espíritos dos justos era o limbus patrum, que os judeus conheciam como seio de Abraão, Lc 16.23, e paraíso, Lc 23.43. Afirma-se que o céu não foi aberto para nenhum homem, enquanto Cristo não realizou a propiciação pelo pecado do mundo.
(Berkhof, L – Teologia Sistemática Pg 690)

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